Chapecó é uma das cidades que mais se desenvolvem em Santa Catarina, com um mercado favorável para a abertura de empresas. Segundo o Observatório JUCESC, ali surgem quase 5 mil novos empreendimentos por ano. Mas, para entender melhor o mercado chapecoense, é preciso conhecer o perfil do consumidor de Chapecó e suas particularidades.
Veja o que os dados revelam sobre o consumidor de Chapecó:
- há uma maior concentração de pessoas na classe C e assalariadas;
- o público local é o mais atento a promoções e descontos ao comprar;
- curiosamente, também é o que menos compra pela internet;
- e gostaria de ter perto mais supermercados, farmácias e lojas de roupa.
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O perfil socioeconômico do consumidor de Chapecó
As famílias chapecoenses têm um potencial de consumo estimado em R$ 14,03 bilhões em 2025, de acordo com um estudo do IPC Maps. Então, quem é realmente esse público?
O Sebrae SC lançou neste ano o levantamento “Perfil do Consumidor e Hábitos de Consumo”, em que analisou cinco cidades catarinenses: Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis e Joinville. A partir desses dados, temos uma melhor ideia dos chapecoenses e de como eles se comparam à média de Santa Catarina.
As diferenças em relação ao Estado começam pela idade. O consumidor de Chapecó é um pouco mais jovem, com 46,9% do público na faixa dos 20 aos 39 anos. Como comparação, em Santa Catarina são 43,3%.
A ocupação principal dos chapecoenses também difere ligeiramente. Metade do público ouvido pelo Sebrae SC é empregado assalariado no comércio, na indústria ou no setor de serviços. No Estado, são 44,3%. Outras ocupações citadas com mais frequência na cidade foram a dos autônomos (15,7%) e a dos aposentados (11,8%).
Já economicamente, o município do Oeste catarinense tem uma menor concentração de pessoas nas classes socioeconômicas de maior poder aquisitivo, e uma das maiores fatias na classe C.
Distribuição dos chapecoenses pelo perfil econômico:
- Classes A e B: 29,7%
- Classe C: 46,8%
- Classes D e E: 24,5%
Na comparação com as outras cidades analisadas no levantamento, Chapecó ainda apresenta o maior número de pessoas por residência — de três moradores por domicílio, em média.
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O comportamento do consumidor de Chapecó em relação a Santa Catarina
A pesquisa do Sebrae SC também aponta algumas características específicas dos consumidores na hora de comprar.
O comportamento de consumo dos chapecoenses, assim como dos catarinenses em geral, é marcado pela busca de um bom atendimento. No entanto, o consumidor de Chapecó se mostra o mais suscetível do Estado a promoções, descontos e ao parcelamento da compra.
Principais fatores que os chapecoenses consideram ao comprar:
- Atendimento: 86%
- Preço: 71,5%
- Promoções: 63,8%
- Descontos: 61,5%
- Qualidade do produto: 56%
- Garantia: 36,5%
- Tempo de entrega: 20,3%
- Pagamento parcelado: 19,2%
Não à toa, 77% dos entrevistados pesquisam preços sempre ou quase sempre. Eles, empatados com os criciumenses, são os mais adeptos a ir pessoalmente até as lojas fazer essa comparação. Por outro lado, são os que menos usam a internet para pesquisar.
Isso se reflete na frequência de compras on-line. Três em cada dez chapecoenses (31,7%) não compram no e-commerce, o maior percentual do Estado.
Outra curiosidade da pesquisa revela que o público de Chapecó é o menos apegado às marcas. Apenas 18,8% levam isso em consideração na jornada de compra.
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Oportunidades para o comércio de Chapecó
No geral, seis em cada dez consumidores na cidade estão satisfeitos com as opções de comércio em seus bairros. Mas ainda há margem para novos negócios.
Nesse sentido, as principais carências no comércio de Chapecó são:
- Supermercado ou supermercado grande: 9,3%
- Farmácia: 7,3%
- Loja de roupa, moda ou vestuário: 6,7%
Supermercados
Os chapecoenses têm um potencial de gasto calculado em R$ 133 milhões por mês somente com alimentos e bebidas de supermercados. Mais de 60% dos consumidores compram itens do gênero ao menos semanalmente.
Frequência de compras em supermercados:
- Todos os dias: 14,2%
- Uma a duas vezes por semana: 25%
- Toda semana: 23,8%
- A cada 15 dias: 18,8%
- A cada 30 dias: 16,3%
- Ocasionalmente: 0,7%
- Não compra: 1,2%
As áreas mais carentes do varejo alimentar em Chapecó são os bairros Presidente Médici, Maria Goretti e Santa Maria, além dos distritos, onde 28,6% dos consumidores sentem falta de supermercados perto de casa.
Farmácias
A venda de medicamentos é um mercado de R$ 43 milhões mensais em Chapecó. Entretanto, nos bairros Alvorada, Engenho Braun, Parque das Palmeiras e Jardim América, 16,7% dos consumidores têm uma carência de estabelecimentos próximos de casa. Nos distritos, esse percentual sobe para 21,4%.
Varejo de moda
Já o potencial de gasto com roupas e acessórios em Chapecó é de R$ 69 milhões por mês, de acordo com o Sebrae SC. E quase todo esse valor vai para as lojas do centro da cidade, pois é lá que 83% do público costuma comprar na categoria.
Enquanto isso, os bairros com a maior falta de lojas de vestuário são: Santo Antônio, Esplanada, Jardim Itália, Alvorada, Engenho Braun, Parque das Palmeiras e Jardim América, além dos distritos.
Quer saber mais sobre o consumidor catarinense? Veja as pesquisas e estudos do Negócios SC para baixar gratuitamente aqui no portal.
Imagem de capa: Prefeitura de Chapecó / Divulgação