O Sul de Santa Catarina é uma região com uma economia diversificada, lar de algumas das maiores empresas do Estado, da indústria ao comércio. Ali também está um público exigente, com hábitos próprios na hora de comprar, como é o caso do consumidor de Criciúma. Veja os dados sobre esse mercado a seguir, com base em uma pesquisa recente do Sebrae SC.
Destaques do consumidor de Criciúma para você:
- esse é o público mais atento à qualidade do atendimento e do produto;
- mas 77% dos criciumenses fazem pesquisa de preços sempre ou quase sempre;
- 87% acham importante comprar dos pequenos negócios da cidade;
- embora um terço da população sinta falta de algum tipo de comércio por perto.
Faça parte da comunidade do Negócios SC no WhatsApp.
O retrato do consumidor de Criciúma em dados
Criciúma tem a maior economia do Sul catarinense e a oitava maior em toda Santa Catarina, com um produto interno bruto (PIB) de R$ 10,06 bilhões no ano de 2021, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também vale ressaltar que o município é um dos dez mais populosos do Estado, com 225.281 pessoas estimadas em 2024, e registra a maior população da região ao redor.
Devido a essa representatividade, o município foi um dos escolhidos pelo Sebrae SC para compor o levantamento “Perfil do Consumidor e Hábitos de Consumo”, que ouviu o público nas cidades de Blumenau, Chapecó, Florianópolis e Joinville, além dos criciumenses.
Então, quem é esse consumidor de Criciúma?
Para começar, podemos dizer que ele é mais maduro que a média do Estado. Enquanto 35% do público do município tem 50 anos ou mais, esse percentual cai para 31,2% entre os catarinenses em geral.
Já no quesito renda, percebemos uma maior concentração de consumidores na classe C em relação à média estadual, de 46,8% e 43,8%, respectivamente.
Distribuição dos criciumenses pelo perfil econômico:
- Classes A e B: 29,5%
- Classe C: 46,8%
- Classes D e E: 23,7%
Criciúma ainda tem o maior percentual de aposentados entre as cinco cidades analisadas pelo Sebrae SC, com 14,5% dos entrevistados tendo a renda proveniente da aposentadoria. Mas o principal grupo por tipo de ocupação é o dos empregados assalariados, com 43,7%, seguido pelos autônomos, com 16,3%.
Pesquisa do Sebrae revela os hábitos de compra dos catarinenses.
O comportamento do consumidor de Criciúma nas compras
Esse público no Sul do Estado tem um diferencial importante em relação à média catarinense: ele é mais exigente em relação à qualidade do produto e do serviço prestado.
O perfil do público consumidor de Criciúma mostra que, entre as cinco cidades pesquisadas, os criciumenses são os que mais consideram o atendimento, o produto e a garantia na hora de comprar. Mas isso não quer dizer que eles deixem de procurar bons preços.
Principais fatores que os criciumenses consideram na jornada de compra:
- Atendimento: 87,7%
- Preço: 68,5%
- Qualidade do produto: 66,5%
- Descontos: 59,5%
- Promoções: 51,5%
- Garantia: 37,3%
De fato, a pesquisa de preços faz parte da jornada de compra do consumidor de Criciúma. Tanto que 77% dos entrevistados pelo Sebrae SC fazem essa comparação sempre ou quase sempre.
Um dado curioso nesse sentido é que os criciumenses, ao lado do público de Chapecó, são os mais inclinados a ir até as lojas fazer a pesquisa de preços pessoalmente.
A pesquisa também mostra que 87% dos consumidores de Criciúma consideram importante ou muito importante comprar das pequenas empresas locais.
Como a NSC ajuda pequenos negócios a impulsionar a economia?
As principais carências do comércio de Criciúma
Outro dado relevante sobre Criciúma vem do IPC Maps, que estimou o consumo potencial das famílias criciumenses em R$ 11,45 bilhões no ano de 2025.
Nesse sentido, a disputa pelo orçamento dos lares no Sul de Santa Catarina tem espaço para algumas oportunidades em especial. De acordo com o Sebrae SC, um terço dos criciumenses sentem falta de algum tipo de comércio próximo ao domicílio, sendo os principais:
- Supermercados ou supermercados grandes: 10,3%;
- Farmácias: 9%;
- Lojas de roupas, moda e vestuário: 6,7%.
Apenas com alimentos e bebidas em supermercados, o público local tem um consumo potencial de R$ 91,2 milhões por mês. E 65,9% dos consumidores compram no varejo alimentar ao menos uma vez por semana.
Em seguida, aparecem as farmácias, cuja falta é sentida mais fortemente nas grandes regiões de Rio Maina, Próspera e Quarta Linha. O mercado de consumo mensal de medicamentos em Criciúma é estimado em R$ 24 milhões.
Para completar, os criciumenses gastam R$ 48 milhões por mês com roupas, calçados e acessórios. Mas os moradores da região de Pinheirinho dizem que o varejo de moda é o comércio mais em falta nos arredores, junto dos supermercados.
Quer saber mais sobre o comportamento dos consumidores catarinenses? Aproveite para baixar os estudos gratuitos do Negócios SC para seu setor.
Imagem: Prefeitura de Criciúma.