A televisão no Brasil está prestes a entrar em uma nova era. Em 27 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamenta a TV 3.0 no País, dando um passo ainda mais importante para a modernização da TV aberta do que foi a migração para o sinal digital em 2007. A novidade vai revolucionar tanto a experiência do público quanto a forma de anunciar nesse meio, então vale ficar por dentro do assunto.
O essencial para entender o que é TV 3.0:
- esse é o novo padrão da televisão aberta no Brasil, ainda mais conectada;
- vem aí mais interatividade com o conteúdo e melhor qualidade de imagem e som;
- a introdução começará em 2026 e deve levar até 15 anos para a cobertura total;
- emissoras e anunciantes terão na tecnologia uma ferramenta de personalização.
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O que é TV 3.0?
A TV 3.0 é o novo padrão da televisão aberta no Brasil, que usa a tecnologia do sistema ATSC 3.0, um dos mais avançados no mundo em termos de transmissão digital. Essa mudança permite uma conectividade ainda maior por meio dos televisores, oferecendo uma experiência mais imersiva e de melhor qualidade ao público.
Também chamada de DTV+, a TV 3.0 promete revolucionar a forma como o público brasileiro consome o conteúdo televisivo. Mas uma coisa permanece igual: a televisão aberta no País continuará sendo gratuita e amplamente acessível à população.
A começar pela sintonização, os canais não terão mais números específicos. A partir da introdução da TV 3.0, cada emissora funcionará como um aplicativo próprio, que ficará disponível na tela inicial do televisor. Nesse sentido, a DTV+ terá um funcionamento muito parecido com o catálogo de plataformas de streaming apresentado nas TVs inteligentes.
Além dos canais de televisão, os telespectadores terão acesso a serviços digitais do Governo Federal por meio dos televisores.
Com o decreto assinado por Lula, a nova era da TV aberta brasileira deve ter as primeiras transmissões no primeiro semestre de 2026, começando pelas grandes capitais. Isso quer dizer que a tecnologia poderá já estar presente na cobertura da Copa do Mundo. Entretanto, esse é um projeto de longo prazo, com um período de 10 a 15 anos para atingir a cobertura total.
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Como vai funcionar a TV 3.0 no Brasil?
No início, será necessário um conversor para usar a DTV+, semelhante ao que aconteceu com a chegada do sinal digital de televisão há quase duas décadas. Com o tempo, a tecnologia deve vir de fábrica nos novos televisores.
Os consumidores podem ficar tranquilos nesse sentido, porque a TV digital e a TV 3.0 vão funcionar simultaneamente por muitos anos. A própria disponibilidade da transmissão será escalonada a partir das grandes capitais, assim o público, as emissoras e a indústria poderão adaptar-se. A adoção do 5G no País já segue esse modelo.
Apesar de a conectividade ser um dos grandes destaques desta nova era da televisão aberta no Brasil, não será obrigatório ter internet em casa para aproveitar algumas das vantagens que ela traz, como a maior qualidade de imagem e som.
No entanto, 93,6% dos lares brasileiros estão conectados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua). Os telespectadores nesses domicílios então poderão aproveitar uma interatividade muito maior com o conteúdo televisivo.
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As vantagens e transformações da TV 3.0
No dia a dia, o que muda com a chegada da TV 3.0? Aqui estão alguns exemplos práticos de como ela vai revolucionar a mídia mais popular do Brasil.
Para os telespectadores
Imagem: A DTV+ entregará uma qualidade de imagem maior, de 4K a 8K, com mais contraste, até 1 bilhão de cores e uma taxa de atualização de até 120 quadros por segundo, além de diferentes posições de câmera para escolher.
Som: mais imersivo, como no cinema, e até dez canais personalizáveis de áudio para escolher durante a transmissão. Imagine assistir a um show e poder selecionar qual microfone deseja ouvir melhor.
Conteúdo extra: os aparelhos conectados poderão acessar conteúdos extras e personalizados. Por exemplo, durante um jogo de futebol, a transmissão poderá entregar uma cobertura direcionada para o time do coração do espectador.
Acessibilidade: a DTV+ oferecerá legendas customizáveis, audiodescrição, geração de Libras e vídeo de intérprete simultâneo.
Para as emissoras e anunciantes
Engajamento ao vivo: os telespectadores poderão votar em enquetes ao vivo por meio do controle remoto. Programas de auditório e reality shows ficarão ainda mais agitados com essa novidade.
Compras pela TV: o T-commerce será cada vez mais difundido com a possibilidade de comprar pela própria TV os itens vistos na programação, desde o vestido da atriz na novela até o produto anunciado no intervalo.
Publicidade personalizada: a televisão terá a mesma capacidade de segmentação do conteúdo e da publicidade que os meios digitais, no nível do indivíduo.Então, o que achou das mudanças trazidas pela TV 3.0? Aproveite para incluir desde já a televisão na sua estratégia de mídia com a líder de audiência em Santa Catarina, de acordo com a Kantar. Veja por que anunciar na NSC TV!