O experimento sobre a semana de quatro dias nas empresas trouxe resultados promissores após um ano de testes no Brasil. Além do impacto no bem-estar dos colaboradores, os negócios conseguiram se planejar melhor, aumentar o engajamento e até elevar o faturamento. Mas essa é apenas uma das tendências que estão mudando a cara do mercado de trabalho em 2025 e prometem ter efeitos duradouros.
Dados para entender o mercado de trabalho hoje:
- apenas 23% dos trabalhadores globais estão engajados em suas empresas;
- 90% dos profissionais brasileiros trocariam de emprego pela saúde mental;
- foram mais de 472 mil afastamentos por problemas como ansiedade em 2024;
- e a inteligência artificial pode ter um efeito positivo na satisfação com o trabalho.
Você encontrará a seguir mais informações sobre o assunto.
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5 tendências do mercado de trabalho para acompanhar
1. Semana de quatro dias de trabalho
É possível reduzir a jornada, mantendo os salários e a produtividade? No Brasil, 19 empresas concluíram um ano do experimento de trabalhar quatro dias por semana e comprovaram que o modelo pode sim funcionar.
Veja os resultados de um ano trabalhando quatro dias por semana:
- 70% das empresas aumentaram o faturamento no período;
- 85,4% foi o crescimento da colaboração nos negócios;
- 97,2% dos participantes começaram a priorizar melhor as tarefas;
- 76% passaram a ter uma comunicação mais clara com os supervisores;
- 81,5% adotaram práticas mais eficazes de desempenho;
- 80% dos colaboradores se sentiram mais alegres e de bom humor.
Além disso, os profissionais relataram um aumento na prática de exercícios físicos e no tempo médio de sono, dois fatores que estão relacionados à própria disposição para trabalhar.
Mas o experimento mostra que é preciso ter uma organização eficiente, lideranças comprometidas e com objetivos claros, assim como a confiança no time para que esse modelo possa funcionar plenamente.
Cuidar da saúde mental agora é obrigação no ambiente de trabalho.
2. Saúde mental como prioridade
Os problemas de saúde mental, como a ansiedade e o estresse, estão afetando drasticamente o mercado de trabalho. Apenas em 2024, o Brasil registrou mais de 472 mil afastamentos por condições relacionadas.
Isso dificulta até mesmo a capacidade de as empresas reterem os colaboradores. Uma pesquisa da Infojobs revela, por exemplo, que 90% dos profissionais no País trocariam de emprego por uma melhora na saúde mental, por mais satisfação ou maior felicidade.
Mais que uma tendência do mercado de trabalho em 2025, cuidar do bem-estar dentro das empresas é uma obrigação exigida pela atualização da Norma Regulamentadora n. 1 (NR-01). A nova regra requer a adoção de medidas preventivas contra estresse, assédio e sobrecarga no ambiente profissional.
3. Lacunas de conhecimento
Um estudo da Gartner aponta as lacunas de conhecimento dentro das empresas como um dos maiores desafios do mercado hoje.
Especialmente no caso dos negócios que trabalham com tecnologias disruptivas, há uma clara dificuldade em acompanhar a demanda por competências cada vez mais específicas. Isso também dificulta para os profissionais mais novos preencherem os prerrequisitos para contratação nesses ambientes.
Uma solução para esse problema é desenvolver internamente os especialistas do futuro, em vez de esperar que os profissionais cheguem prontos. As organizações então precisam ter um papel ativo de preparação, redirecionando talentos para as áreas mais necessitadas e investindo em treinamento e formação constante.
A própria Gartner deixa um alerta nesse sentido: seis em cada dez profissionais não estão recebendo a orientação necessária para apoiar as competências deles.
Saiba como a inteligência artificial impactará seu trabalho.
4. Colaboração com a inteligência artificial
A ampla adoção da inteligência artificial no mercado de trabalho colocará algumas profissões em risco, mas também auxiliará muitas outras. Inclusive, uma pesquisa da UiPath ressalta que 69% dos profissionais da Geração Z veem na IA uma ajuda para reduzir o burnout e aumentar a satisfação com o trabalho.
Em vez de tratar essa tecnologia como uma substituição às pessoas, devemos focar em como os profissionais podem colaborar com a inteligência artificial para facilitarem suas funções rotineiras. Isso porque, no fundo, os trabalhadores verdadeiramente substituíveis são aqueles que não conseguem se adaptar.
5. O papel da comunicação nas empresas
Apenas 23% da força de trabalho global está ativamente engajada com seus empregos, segundo uma pesquisa da Gallup. Melhorar o engajamento e a satisfação dos colaboradores, portanto, é uma das prioridades das empresas neste momento. Afinal, equipes mais envolvidas geram maior retorno para os negócios.
Mas não existe uma solução, uma estratégia ou um modelo que sirva igualmente para todos os casos. Daí a importância da comunicação horizontal dentro das organizações para que se encontrem os melhores caminhos possíveis. A resposta depende mais do diálogo que de fórmulas prontas.
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