Sete em cada dez brasileiros colocam a alimentação entre os três maiores gastos do orçamento familiar, aponta a Serasa. As compras de supermercado, inclusive, foram a espécie mais comum de dívida contraída no cartão de crédito pelos consumidores no Brasil em 2023. A seguir, analisaremos então como isso influencia o comportamento do consumo.
Veja o impacto dos preços no varejo alimentar:
- oito em cada dez consumidores sempre procuram mercados em promoção;
- 40% do público divide o abastecimento do lar em diversas compras no mês;
- atacarejos são os estabelecimentos mais frequentados por 30,1% dos brasileiros;
- a principal motivação para as compras on-line é o preço mais baixo.
Veja mais destaques sobre o assunto com a explicação do Negócios SC.
O impacto dos preços nas compras de supermercado
Para 34% dos entrevistados pela Serasa na pesquisa “Perfil e comportamento do endividamento brasileiro 2023”, as compras de supermercado têm sido o principal gasto nos últimos anos.
Não à toa, 78,2% dos consumidores sempre procuram mercados que estão em promoção, segundo o relatório “Hábitos de compra no varejo alimentar”, de Neogrid e Opinion Box. Mais ainda, nove em cada dez brasileiros estão constantemente comparando preços entre as marcas dos produtos. O levantamento mostra como o fator preço é a maior influência nas compras de supermercado, mais até que a qualidade.
Fatores que influenciam os brasileiros nas compras de mercado:
- Preço: 65,7%
- Promoções e descontos: 64%
- Qualidade do produto: 62,9%
- Marca: 19,6%
- Sustentabilidade: 7,7%
- Recomendação de conhecidos: 6%
O preço é uma motivação tão forte que pode levar o consumidor a comprar além do inicialmente planejado. Cerca de 85% dos brasileiros levam mais itens quando encontram um preço abaixo do usual.
Outra pesquisa, de UOL e MindMiners, também destacou o preço como um elemento decisivo para a compra. Três em cada quatro entrevistados mencionaram a importância do fator. Mas, nesse caso, ele aparece atrás da qualidade, citada por 80% dos respondentes.
Portanto, nem sempre o produto com o preço mais baixo será o escolhido. O cálculo do custo-benefício é mais complexo que isso. O desafio das marcas no varejo alimentar então é fazer o consumidor perceber mais valor nos itens. Essa é uma tarefa especial para a comunicação dos negócios.
Estudo mostra oportunidade para as vendas em supermercados.

Quase 90% dos consumidores comparam as marcas dos produtos. (Foto via Freepik)
Compras em supermercado, hipermercado, atacarejo e pela internet
Os brasileiros têm o hábito de dividir as compras de supermercado ao longo do mês. Pouco mais de um terço do público (34%) abastece o lar em uma única compra mensal. Outros 19% dos consumidores fazem isso duas vezes ao mês, enquanto a maioria (40%) prefere comprar em partes. Mas onde eles estão comprando?
Em primeiro lugar, os consumidores no País preferem realizar as compras de mercado presencialmente. E, quando se trata de lojas físicas, os supermercados tradicionais estão mais presentes na vida do público.
Estabelecimentos físicos mais frequentados:
- Supermercados tradicionais: 34,4%
- Atacarejos ou atacados: 30,1%
- Hipermercados e grandes redes: 24,3%
- Mercados de bairro: 10,7%
- Outros: 0,4%
O atacarejo é digno de nota porque 62,8% dos brasileiros aumentaram a frequência de consumo nesse formato, segundo os dados de Neogrid e Opinion Box. A principal motivação para isso está no preço: 82,8% dos entrevistados consideram essa opção mais barata. Mas 73,1% também ressaltam a variedade de produtos e 56,9% percebem uma maior qualidade.
Mais da metade do público (51,1%) prefere fazer todas as compras de supermercado presencialmente. Enquanto isso, apenas 4,1% realizam todas compras ou a maioria delas on-line. O restante ainda dá bastante peso às lojas físicas, com alguma participação do e-commerce.
Para quem compra pela internet, esse consumo novamente é baseado no preço. No meio virtual, 34,6% encontram preços mais baixos e 32,3% destacam as promoções exclusivas como motivação para escolhê-lo.
Alimentação no lar: entre a cozinha e o consumo de delivery.
O que tem no carrinho de supermercado dos brasileiros?
Números divulgados pela Globo revelam que 64% dos brasileiros gostariam de ter uma alimentação mais saudável. Mas há um obstáculo para isso: o orçamento familiar.
Um estudo da Horus aponta que os produtos ultraprocessados são 26% mais baratos que os itens saudáveis. Isso os torna especialmente procurados pelos consumidores de menor renda. Nas classes socioeconômicas C ou D, por exemplo, a preferência por comidas altamente industrializadas chega a 72%.
No geral, metade das compras de supermercado dos brasileiros é composta por alimentos e bebidas mais indulgentes. Pouco mais de um terço é representado por alimentos e bebidas saudáveis, com ainda uma pequena fração dos itens de cesta básica.
Mas não podemos desconsiderar o fator tempo nessa escolha alimentar. Uma alimentação equilibrada, para quem cozinha em casa, exige planejamento e dedicação. Então, quando se gasta horas de deslocamento diário entre as periferias e os grandes centros urbanos, ou se vive uma jornada dupla ou tripla, os ultraprocessados acabam sendo uma solução mais rápida para a fome.
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Respostas para o varejo alimentar no Brasil
Qual é o principal fator de decisão de compra em supermercados?
De acordo com o relatório “Hábitos de compra no varejo alimentar”, 65,7% dos brasileiros apontam o preço como o fator mais importante.
Onde os brasileiros mais fazem as compras de mercado?
A maior frequência de compras ocorre nas lojas físicas de supermercados tradicionais. Mas vale destacar o atacarejo, que vem logo em seguida e onde 62,8% dos consumidores passaram a comprar mais.
Quais são os alimentos mais presentes no carrinho dos brasileiros?
O grupo dos alimentos ultraprocessados responde por 50,7% da composição dos carrinhos de compra em supermercados, segundo informações da Horus. Quanto menor a renda, maior é a preferência por comidas e bebidas mais indulgentes.
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