Mulheres participam mais das finanças do lar apesar do salário menor

30/04/2025

Mulheres participam mais das finanças do lar apesar do salário menor

As mulheres são 51,1% da população no Brasil, segundo o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (RASEAM) 2025, com base no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas elas não representam somente a maioria populacional. Elas também contribuem cada vez mais para as finanças do lar e são protagonistas no mercado de consumo do País.

Saiba mais sobre o papel das mulheres nas finanças do lar:

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A participação das mulheres brasileiras nas finanças do lar

De acordo com o RASEAM 2025, com dados de 2023, as mulheres são chefes em mais domicílios particulares permanentes no Brasil (40,2 milhões de lares) que os homens (37,5 milhões de lares). Ou seja, elas são responsáveis por 51,7% dos domicílios nacionais. E isso inclui, em 84,3% dos casos, a responsabilidade por outras pessoas além de si próprias.

Uma pesquisa da Serasa em parceria com o Opinion Box ainda revela que 93% das mulheres brasileiras participam das finanças do lar no País. O índice de participação feminina no sustento doméstico cresceu cinco pontos percentuais em relação a 2023.

Em um terço das famílias, elas são as únicas responsáveis pela geração de renda para a casa. Elas assumem essa responsabilidade mesmo recebendo 20,9% a menos do que os homens brasileiros, como aponta o 3º Relatório de Transparência Salarial.

A Serasa ainda chama a atenção para o fato de que os lares de mais baixa renda têm maior participação feminina no sustento exclusivo. Entre as classes A e B, por exemplo, somente 18% das mulheres são as únicas responsáveis pelas despesas domésticas. Enquanto isso, nas classes D e E, o número sobe para 43%. A média brasileira fica em 33%.

Conheça o perfil do empreendedorismo feminino no Brasil.

As mulheres são pouco valorizadas no sustento doméstico

Os dados mostram que as mulheres brasileiras não só decidem as compras que entram em casa, como vão à luta para manter as finanças do lar em dia. No entanto, elas não se sentem plenamente valorizadas pelo papel fundamental que exercem.

Como aponta a Serasa, uma em cada três mulheres no Brasil não vê seu trabalho externo de geração de renda sendo valorizado dentro do próprio lar. As profissionais de alta renda são as mais valorizadas (83% declaram uma recepção positiva nesse sentido), enquanto as mais pobres sofrem maiores preconceitos (apenas 53% são reconhecidas).

Além dessa baixa valorização, elas têm o trabalho extra de cuidar das tarefas domésticas. Nove em cada dez mulheres no Brasil são obrigadas a equilibrar o desafio profissional com a limpeza de casa, segundo a Serasa.

Já no relatório “Mulheres Brasileiras 2024”, do Opinion Box, 34% das entrevistadas afirmam serem as únicas responsáveis pelas tarefas domésticas no próprio lar. Outras 37% têm a maior parte dessa responsabilidade, com alguma ajuda masculina.

Aquelas que são mães enfrentam uma dificuldade ainda maior nessa área. Tanto que 61% das mulheres ouvidas na pesquisa “Dia das Mães 2025”, da Globo, sentem falta de ajuda na maternidade. E 60% delas colocam manter a casa limpa em primeiro lugar entre as tarefas em que gostariam de auxílio.

Dia das Mães: pesquisa mostra o que elas querem ganhar em 2025.

A participação da mulher no mercado de trabalho

Não restam dúvidas do protagonismo das mulheres no mercado de consumo no País. Tanto que podemos dizer, sem exagero, que a mão feminina gira a economia dos lares brasileiros.

Porém, quando elas precisam ir atrás da renda para fazer essa roda girar, elas nem sempre são bem-recebidas. Pelo contrário, 70% das profissionais disseram ao Opinion Box que as mulheres têm condições e oportunidades piores que as dos homens no mercado de trabalho.

Inclusive, metade do público feminino no Brasil já se sentiu prejudicado em sua trajetória profissional por ser mulher.

A disparidade salarial é uma prova disso. De acordo com o Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2024, as mulheres recebem, em média, 79,1% da remuneração masculina. E o índice chega a 75,5% na região Sul do País.

Não surpreende que elas busquem no empreendedorismo feminino uma forma de superar essa barreira salarial. Uma pesquisa do Sebrae Santa Catarina ressalta, nesse aspecto, que a motivação financeira fala mais alto para as mulheres que para os homens ao empreender.

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