Para 86% das pessoas no Brasil, cuidar da saúde significa ter uma alimentação balanceada, segundo o levantamento “Como o brasileiro cuida da saúde”, de Offerwise e Globo. Em 2026, um dos maiores objetivos do público nacional é justamente ter um maior cuidado consigo. Mas três fatores em especial influenciam os hábitos alimentares no País. Acompanhe a explicação sobre o assunto!
Destaques dos hábitos alimentares no Brasil:
- 17% dos brasileiros fazem refeições fora de casa diariamente;
- 62% comem em restaurantes e afins ao menos uma vez por semana;
- a falta de tempo é o principal motivo para a alimentação fora do lar;
- mas renda, faixa etária e prática de esportes afetam esse comportamento.
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O impacto da renda nos hábitos alimentares dos brasileiros
A pesquisa “Vida saudável — hábitos de consumo nas principais capitais brasileiras”, da Brain Inteligência Estratégica, traz dados interessantes sobre como as pessoas no Brasil escolhem o que e onde comer.
Nesse sentido, um dos maiores fatores de influência é a renda. Os brasileiros que ganham até R$ 5 mil por mês são aqueles que fazem refeições fora de casa com maior frequência: 20% desse grupo declara comer diariamente em restaurantes, lanchonetes e afins. Enquanto isso, entre os que recebem acima de R$ 20 mil, o índice cai para 14%.
Frequência das refeições fora do lar na média brasileira:
- Diariamente: 17%
- 3 a 5 vezes por semana: 14%
- 1 a 2 vezes por semana: 31%
- Menos de 1 vez por semana: 9%
- Raramente: 29%
A falta de tempo é uma das questões ligadas à frequência da alimentação fora do lar entre os diferentes perfis econômicos. No geral, 34% dos brasileiros escolhem comer fora de casa por esse motivo, seguido pela comodidade (26%) e pela variedade (21%). Mas quem tem renda menor tende a indicar mais a falta de tempo e quem está no topo preza pela variedade ao comer na rua.
Isso então se reflete na escolha dos estabelecimentos. Os brasileiros de classes socioeconômicas mais baixas costumam frequentar mais lanchonetes e autosserviços por quilo que a média brasileira. Por outro lado, quanto maior a renda mensal, maior também é a predileção por restaurantes tradicionais.
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As escolhas de alimentação mudam com a faixa etária
Se compararmos os hábitos alimentares da Geração Z com os dos consumidores mais maduros, veremos que são muito diferentes.
Em primeiro lugar, os mais jovens comem fora de casa com mais frequência: 37% deles fazem isso ao menos três vezes por semana, contra 31% da média geral. Até porque eles são os mais afetados pela falta de tempo, considerando que 41% indicam essa motivação para a alimentação fora do lar.
Esse perfil também é o menos associado a hábitos alimentares saudáveis. Por exemplo, a Geração Z tem o maior percentual de consumidores que costumam fazer refeições em redes de fast food, com 12%, número que cai para apenas 2% no lado oposto da escala etária.
Além disso, a pesquisa Vigitel Brasil 2006-2023 já havia mostrado que os brasileiros mais jovens têm um consumo menos frequente de frutas e hortaliças durante a semana. Na faixa dos 18 aos 24 anos, 26% declararam consumir tais alimentos em cinco ou mais dias semanalmente. A média brasileira ficou em 31,9%, mas o índice chegou a 43,5% para os entrevistados com 65 anos ou mais.
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A relação entre a prática de exercícios e os hábitos alimentares
O terceiro fator que influencia as escolhas alimentares dos brasileiros é a prática de exercícios. Aliás, exercitar-se é cada vez mais importante para o público nacional e 93% dos entrevistados no levantamento “Como o brasileiro cuida da saúde” dizem que esse cuidado significa fazer atividades físicas regularmente.
O relatório “Corpo em movimento”, do Opinion Box, então revela que 42% dos brasileiros que se exercitam seguem algum tipo de dieta ou plano alimentar específico para complementar a prática de atividades físicas.
Isso está presente de certa forma nos dados da Brain Inteligência Estratégica. Vemos, por exemplo, que os praticantes de exercícios comem com menos frequência fora de casa. Apenas 27% deles comem em restaurantes e similares três vezes ou mais por semana, contra 34% dos não praticantes.
Para os praticantes, os hábitos alimentares são construídos mais em torno da função. Essa procura já havia sido destacada na “Mandala Galunion Food&Tech Trends 2024” como uma das principais tendências de food service para acompanhar. No estudo, 38% dos entrevistados disseram já consumir produtos com apelo à saúde ou tinham a intenção de seguir por esse caminho.Quer saber mais sobre o comportamento e as escolhas do consumidor? Assine a newsletter do Negócios SC e receba novos conteúdos em seu e-mail.


