A taxa básica de juros no Brasil está no maior patamar desde 2006. A inflação está acima da meta do Banco Central há seis meses seguidos. Esperava-se, então, uma queda significativa do consumo no País. Mas não é isso que está ocorrendo. Os setores de comércio e serviços continuam crescendo e ainda mais em Santa Catarina, como mostraremos a seguir.
Acompanhe os resultados das vendas no comércio e serviços:
- o varejo catarinense é o segundo que mais cresce no Brasil em 2025;
- a alta acumulada pelo setor entre janeiro e maio deste ano foi de 7%;
- já nos serviços do Estado, o crescimento acumulado chegou a 5%;
- neste ano, as famílias catarinenses devem gastar R$ 423 bilhões ao todo.
Os detalhes sobre o assunto você encontra na leitura abaixo.
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Vendas no comércio mostram resiliência do setor em 2025
Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o volume de vendas no varejo restrito continua crescendo em relação a 2024.
Em maio deste ano, por exemplo, a média brasileira cresceu 2,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Santa Catarina, por sua vez, teve alta de 3,6% no intervalo idêntico.
O crescimento acumulado de janeiro a maio de 2025 então chegou a 2,2% no País como um todo, frente ao mesmo período de 2024. Já o comércio catarinense evoluiu 7% nesse recorte. Inclusive, esse foi o segundo melhor resultado entre os estados brasileiros neste ano, atrás apenas do Amapá, com alta acumulada de 9%.
Os artigos de uso doméstico tiveram a maior alta de 2025 em Santa Catarina, com o volume de vendas no comércio subindo 15,5% no acumulado até maio. Em seguida, aparecem as categorias de hipermercados e supermercados (alta de 8,1%) e tecidos, vestuário e calçados (alta de 7,2%).
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Crescimento também no setor de serviços em Santa Catarina
A Pesquisa Mensal de Serviços, outro levantamento do IBGE, traz um cenário semelhante ao do comércio tanto para o Brasil quanto para Santa Catarina.
Em maio, o setor cresceu 3,6% no País em relação ao mesmo mês de 2024. Enquanto isso, Santa Catarina novamente registrou uma evolução acima da média brasileira, com a alta de 5,7% no período.
O desempenho positivo então se repetiu no acumulado de janeiro a maio deste ano. O volume de serviços no Brasil cresceu 2,5% frente ao mesmo intervalo de 2024. Em Santa Catarina, o crescimento foi de 5%.
Os serviços prestados às famílias têm sido o grande destaque do setor catarinense no ano, com alta acumulada de 10,9% entre janeiro e maio. Aí estão incluídas atividades como a alimentação fora do lar e o alojamento. Ambas contribuíram igualmente para o ótimo resultado no volume de atividades turísticas em Santa Catarina nos primeiros cinco meses de 2025, alcançando uma evolução de 9,7% ante o mesmo período do ano anterior.
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O consumo potencial das famílias catarinenses em 2025
O crescimento nas vendas do comércio e dos serviços em Santa Catarina é amparado pelo aumento do consumo potencial das famílias catarinenses em 2025, segundo o IPC Maps.
O levantamento aponta que os consumidores no Estado devem gastar R$ 423,4 bilhões neste ano. Isso representa uma alta nominal de 15,2% na comparação com 2024.
Os gastos com a habitação ocupam a maior fatia desse total. Só com a moradia, estima-se que os catarinenses possam gastar R$ 91,4 bilhões neste ano. Depois, completando a trinca dos principais gastos do público estadual, despontam os custos com o veículo próprio, em R$ 59,7 bilhões, e com a alimentação no domicílio, de R$ 35 bilhões.
Veja o consumo potencial em Santa Catarina nas dez principais categorias:
- Habitação: R$ 91,4 bilhões
- Veículo próprio: R$ 59,7 bilhões
- Alimentação no domicílio: R$ 35 bilhões
- Materiais de construção: R$ 15,7 bilhões
- Alimentação fora do lar: R$ 15,3 bilhões
- Medicamentos: R$ 12,3 bilhões
- Higiene e cuidados pessoais: R$ 11 bilhões
- Saúde (planos e tratamentos): R$ 10,8 bilhões
- Vestuário: R$ 10,2 bilhões
- Educação: R$ 7,8 bilhões
A maior parcela desses gastos virá da classe B, de acordo com o levantamento do IPC Maps. Esse perfil socioeconômico será responsável por movimentar R$ 168,8 bilhões este ano no Estado, seguido pela classe C (R$ 133,1 bilhões), pela A (R$ 61,9 bilhões) e por D e E (R$ 16,3 bilhões juntas).
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