A inteligência artificial no agronegócio é um mercado em rápida expansão, segundo um relatório da MarketsandMarkets. A previsão é de que esse mercado cresça de 1,7 bilhão de dólares em 2023 para 4,7 bilhões de dólares em 2028. Mas você sabe quais aplicações da IA no agro prometem trazer os maiores impactos?

Entenda melhor o uso dessa tecnologia no campo:

• 55% dos produtores brasileiros usam ou pretendem usar ferramentas digitais;
• a inteligência artificial pode reduzir a utilização de químicos em até 70%;
• a agricultura de precisão é uma necessidade urgente até 2030;
• a IA é um dos pilares da transformação chamada Agro 5.0.

Fique por dentro do assunto com a análise e os dados trazidos agora pelo Negócios SC.

A presença da inteligência artificial no agronegócio

Há uma crescente demanda dos produtores por dados em tempo real no campo. Isso os ajuda não só a ter uma resposta mais rápida, mas também a adotar medidas preventivas para maximizar a produção.

Há, portanto, uma necessidade da adoção cada vez mais extensiva da tecnologia na agricultura e na pecuária. E os produtores no Brasil estão atentos a isso. De acordo com a McKinsey, no estudo “A mente do agricultor brasileiro”, 55% dos entrevistados no País usam ou pretendem usar ferramentas digitais na operação. Esse é um ligeiro aumento em relação aos 50% registrados em 2022.

Aí entra a inteligência artificial no agronegócio. Como revela a própria McKinsey, a IA no agro impacta positivamente toda a cadeia, desde o desenvolvimento de insumos, passando pelo uso racional deles na produção, até o marketing e as vendas.

Esse é um ponto que vale destacar. A inteligência artificial no agronegócio não está relacionada apenas à pecuária e à agricultura de precisão. Ela gera valor para as organizações agrícolas como um todo, podendo ser usada nos mais diferentes setores dentro delas.

Veja as tecnologias do agronegócio que impulsionam o setor.

A IA repercute em toda a cadeia produtiva do agro. (Imagem via Freepik)

Aplicações da inteligência artificial no agronegócio

A McKinsey aponta que o mundo precisará, até 2030, de uma área plantada que equivale ao Brasil para dar conta da necessidade da produção pecuária, de alimentos e de biocombustíveis. Ao mesmo tempo, é preciso reverter o desmatamento e recuperar áreas degradadas. Então, como fazer isso?

A resposta está na tecnologia, como demonstra a Embrapa. No Brasil, entre os anos de 1975 e 2015, 59% do crescimento do valor bruto da produção agrícola deveu-se aos avanços tecnológicos.

O relatório IA no Agro, do Distrito, ressalta cinco áreas em que a inteligência artificial terá um impacto especial no agronegócio. Tais aplicações ajudarão o setor a aumentar a produtividade e a qualidade sem comprometer o aspecto sustentável da produção. Por exemplo, a IA pode reduzir o uso de químicos na produção em até 70%.

Acompanhe os destaques do Distrito a seguir.

1. Cultivo e saúde das culturas:

• estudo detalhado das características físicas e biológicas das plantas;
• monitoramento do clima das estufas;
• insights sobre o crescimento e os suprimentos necessários para a colheita.

2. Equipamentos agrícolas automatizados:

• ganho de produtividade, com redução de tempo e de gastos;
• controle de pragas e de ervas daninhas;
• robôs pulverizadores.

3. Monitoramento de solo e água:

• economia de recursos hídricos;
• monitoramento do status da cultura;
• monitoramento da irrigação.

4. Produção pecuária e avícola:

• estimativa de insumos necessários para os animais;
• previsão de possíveis doenças;
• monitoramento de comportamento.

5. Cadeia de suprimentos:

• controle da qualidade de produtos;
• acompanhamento do armazenamento.

Outras aplicações da IA no agro incluem o mapeamento digital da propriedade, a previsão de tendências de mercado e preços, a antecipação da necessidade de manutenção dos equipamentos, e o gerenciamento da logística e o controle de estoque à distância.

Não à toa, a inteligência artificial foi um dos temas centrais do StartSe Agrotech em 2024, o principal evento de inovação do agronegócio brasileiro.

Como o brasileiro avalia o uso da inteligência artificial?

O papel da IA no Agro 5.0

A inteligência artificial é um dos pilares do Agro 5.0. Essa é uma fase revolucionária no campo, que integra tecnologias avançadas para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na agricultura e na pecuária. Além da IA, a Internet das Coisas (IoT), a conexão 5G e o sensoriamento remoto também são importantes nessa transformação.

Entre os objetivos do Agro 5.0, podemos destacar a redução do desperdício, o aumento da qualidade, o menor impacto ambiental e a segurança alimentar da população. A eficiência no campo é um tema urgente não só porque o número de habitantes no planeta cresce a cada ano, como a crise climática tem comprometido com frequência a produção em áreas significativas. As enchentes e secas no Brasil em 2024 são prova disso.

O papel da IA no Agro 5.0 é processar todos os dados gerados pela propriedade, pela produção e pelos equipamentos para encontrar formas de potencializar a produtividade e a qualidade, ou corrigir falhas.

Em Santa Catarina, a NSC vem destacando a importância e os resultados da inovação no agronegócio por meio do projeto Agro 5.0. Os conteúdos trazem ótimos exemplos para impulsionar a produção no Estado.

Projeto da NSC destaca a inovação no agronegócio catarinense.

Os impactos da inteligência artificial no campo

Quais são os usos da inteligência artificial no agronegócio?

O Distrito ressalta cinco áreas de maior impacto: o cultivo e a saúde das culturas; a automação de equipamentos agrícolas; o monitoramento de solo e água; a produção pecuária e avícola; e a cadeia de suprimentos.

Por que a IA é importante para o agro?

A inteligência artificial permite aumentar a eficiência e a qualidade da produção, mantendo a sustentabilidade. Isso é fundamental para garantir a segurança alimentar da população em um cenário de ameaças climáticas crescentes às áreas de cultivo e criação de animais.

Quais outras tecnologias fazem parte do Agro 5.0?

Para o bom funcionamento da IA no agro, é preciso ter equipamentos com sensores conectados entre si (Internet das Coisas) por meio de uma rede de alta velocidade e baixa latência (como no 5G).

Veja agora como o conteúdo da NSC ajuda a conectar o campo à mesa dos catarinenses.