Os minimercados são um aspecto importante da vida do consumidor brasileiro. Porém, muitas vezes não ganham o devido crédito pela contribuição que oferecem ao varejo do País. Os mais de 400 mil estabelecimentos do tipo por todo o Brasil movimentam bilhões de reais por ano, atendem milhões de pessoas e geram muitas oportunidades de negócio.
Veja mais números dos minimercados e como crescer no segmento:
- Santa Catarina tem mais de 13 mil estabelecimentos do tipo;
- a maior parte desses pequenos negócios está na região Norte do Estado;
- o perfil dos minimercados brasileiros ainda é pouco tecnológico;
- e um terço desses negócios existe há mais de 15 anos.
Se você tem interesse na área, vale acompanhar os dados e as dicas que trazemos logo a seguir. Boa leitura!
Os números do segmento de minimercados em Santa Catarina
Em uma década, o segmento de minimercados cresceu de 416 mil estabelecimentos para 457 mil empresas em todo o território nacional. Os dados são da Pesquisa Minimercados no Brasil 2024, elaborada pelo Sebrae. Apenas em Santa Catarina, são mais de 13 mil negócios atuando nessa área.
O Sebrae define um minimercado como uma empresa de pequeno porte, com faturamento anual de até R$ 4 milhões. Outra característica comum é apresentar, no máximo, quatro estações de caixa ou autosserviço.
A maior concentração desses “mercados de bairro” ou “lojas da vizinhança” está na região Norte catarinense. Ali estão quase 20% dos estabelecimentos no Estado.
Número de minimercados em Santa Catarina por região:
- Norte: 2.466
- Grande Florianópolis: 2.211
- Foz do Vale do Itajaí: 1.867
- Oeste: 1.816
- Sul: 1.745
- Serra: 1.164
- Vale do Itajaí: 1.124
- Meio-Oeste: 921
- Total de Santa Catarina: 13.284
Inclusive, o segmento de minimercados é a atividade econômica mais representativa do varejo de alimentos e bebidas no Estado. Conforme apontam os dados da Receita Federal destacados pelo Sebrae, existem 101 mercados de bairro para cada um hipermercado catarinense.
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A proximidade com o público é uma das vantagens dos minimercados. (Foto via Freepik)
Desafios e perspectivas para o crescimento de minimercados
O segmento de minimercados tem uma alta concorrência, e não só dos negócios maiores no mesmo ramo. Lojas de conveniência, padarias, açougues, hortifrutis e até o e-commerce entram na disputa pelo bolso do consumidor. Mas ainda há boas oportunidades de crescimento nessa área.
Transformação digital
Uma dessas oportunidades é também um desafio para os minimercados. Os estabelecimentos precisam entrar de vez na era digital. Isso significa muito mais que ter um posicionamento em redes sociais como Instagram e Facebook, ou um perfil no Google Meu Negócio, ou ainda atender pelo WhatsApp.
O perfil dos minimercados no Brasil, elaborado pelo Sebrae, revela que boa parte desses negócios não têm um mecanismo formal de comunicação com os clientes nem uma plataforma digital para cadastrá-los. Diante disso, é preciso investir em ferramentas, até para automatizar algumas tarefas da gestão.
Mix de produtos
Outro grande desafio é aumentar o mix de produtos. Daí a importância de conhecer muito bem os interesses do público local, já que o principal motivo de escolha do estabelecimento é a proximidade de casa.
Essa é outra razão para investir na tecnologia, que pode oferecer uma melhor visão do que sai, o quanto sai e quando sai. Desse modo, os empreendedores têm maiores chances de acerto ao aumentar o mix de produtos, além de formas de saber quais produtos tirar das prateleiras.
Meios de pagamento
O Sebrae também chama a atenção para a necessidade de diversificar os meios de pagamento aceitos pelo minimercado. Hoje há uma menor circulação de papel-moeda com a digitalização dos serviços financeiros no Brasil. O Pix, por exemplo, já é mais usado que o dinheiro em espécie pelos brasileiros. Mas, além dele, oferecer opções de parcelamento no cartão de crédito e vale-alimentação estão entre as recomendações para o segmento.
Fidelização
Pensando na maior competitividade dos negócios, é interessante propor diferentes maneiras de fidelizar os consumidores. Algumas ações para realizar nesse sentido abrangem:
- programas de fidelidade;
- capacitação para melhorar o atendimento;
- promoções pontuais ou em dias fixos da semana;
- serviço de entrega em domicílio.
O objetivo, no fundo, é sempre aprimorar a experiência do cliente, o que nos leva ao próximo tópico.
Experiência do cliente
Os minimercados têm uma grande vantagem sobre os supermercados e hipermercados: eles permitem uma maior proximidade com o público. Muitos desses negócios chegam a acompanhar diferentes gerações de clientes em um mesmo bairro. Como aponta o Sebrae, 33% dos estabelecimentos existem há mais de 15 anos.
No entanto, isso exige um patamar mais elevado de atendimento e personalização do serviço. Os clientes devem se sentir em casa ao serem atendidos.
Outro aspecto relevante da experiência do cliente é a estrutura do local. Vale melhorar a iluminação do ambiente, investir em uma boa ventilação e modernizar o mobiliário para garantir o conforto e o bem-estar durante as compras.
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