A inteligência artificial generativa traz uma série de benefícios às empresas, como maiores agilidade, produtividade e eficiência nas tarefas do dia a dia. Em escala global, a McKinsey estima que essa tecnologia poderia acrescentar entre US$ 2,6 trilhões e US$ 4,4 trilhões à economia anualmente. Mas, como toda grande transformação, ela é acompanhada de riscos que precisam ser observados atentamente pelas lideranças.

Descubra quais são os riscos da inteligência artificial generativa:

• o tráfego das buscas on-line deve cair 25% com o avanço da IA generativa;
• o uso de aplicativos também está migrando nessa direção;
• líderes temem o compartilhamento indevido de informações confidenciais;
• por isso, muitas empresas baniram provisoriamente o uso da tecnologia.

A verdade é que a revolução da IA veio para ficar. Veja a seguir como preservar sua marca nessa nova era.

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Riscos da inteligência artificial generativa para os negócios

1. Perda de tráfego com as buscas

A OpenAI, empresa por trás da IA generativa mais popular do mercado, o ChatGPT, tem avançado na direção de se tornar uma ferramenta de busca à altura do Google. No final de 2024, ela lançou seu próprio buscador, incluindo links para as fontes das respostas. Então, no início de 2025, veio um novo recurso chamado Deep Research, capaz de explicar o “raciocínio” por trás das informações prestadas aos usuários.

Uma vantagem para o público da IA generativa como motor de busca é a capacidade de levar o contexto em consideração. A partir das interações com o usuário, como uma conversa, a ferramenta refina as respostas.

Mas, para os negócios, isso implica menos visitantes nos canais digitais. Nesse sentido, a Gartner prevê que o tráfego das pesquisas on-line cairá 25% por causa do uso da inteligência artificial generativa.

Qual é a solução para isso? A primeira medida é revisar sua estratégia de SEO para ter certeza de que ela atende à intenção e ao contexto do público-alvo, e não somente a palavras-chave. Outra boa iniciativa é investir em canais alternativos, até mesmo fora da internet, capazes de atrair tráfego para o site, a exemplo da rádio e da televisão.

Como as buscas com IA generativa afetam o tráfego do site?

2. Redução no uso de aplicativos

No seu guia anual de previsões para o marketing, a Gartner prevê que o uso de aplicativos móveis cairá 25% até 2027 diante da preferência do público pelos assistentes de IA.

Alguns sinais já apontam para esse caminho. Por exemplo, a Sensor Tower reporta uma queda de 1% no download de aplicativos em 2024, na comparação com 2023. Enquanto isso, o download de apps de IA generativa cresceu 91,8%, chegando a quase 1,5 bilhão de instalações no ano.

Além da perda de usuários nos aplicativos, há outro efeito prejudicial para as marcas: elas ficam sem uma importante fonte de dados primários do público. Sem esses dados, as equipes de marketing terão ainda mais dificuldade de otimizar e segmentar as campanhas.

3. Não ter profissionais treinados em inteligência artificial generativa

Para as empresas poderem competir nessa corrida tecnológica, não basta investir em ferramentas. Sem uma equipe capaz de tirar o melhor proveito da IA generativa, o investimento não terá o retorno esperado.

De acordo com o relatório Inteligência Artificial 2024, do Opinion Box, 62% dos profissionais de marketing já reconhecem que ficarão em desvantagem se não aprenderem a usar a inteligência artificial. Não à toa, a procura por fundamentos de engenharia de prompt está em alta.

O problema é que a IA tem se ramificado em diversas direções e cada organização precisa ter muito claro quais são as competências específicas que espera de seus colaboradores. Será melhor ainda se as lideranças tomarem a iniciativa de desenvolver os talentos internos e investir em capacitações na área.

Saiba como a inteligência artificial impactará seu trabalho.

4. Ameaças à segurança e à privacidade dos negócios

A Federação Mundial de Anunciantes alerta para o risco de inserir informações confidenciais da empresa em ferramentas de IA generativa. Em teoria, os dados podem ficar disponíveis para uma audiência externa e até mesmo para a concorrência.

Para evitar esse perigo, uma em cada quatro empresas ouvidas pela Cisco em 2024 baniu o uso da inteligência artificial generativa.

Além disso, o uso indiscriminado pode trazer problemas jurídicos para os negócios quando se trata de propriedades intelectuais e afins. Uma IA que gera imagens, por exemplo, baseia os resultados em obras já existentes. Há aí uma série de limitações para usos comerciais se tais resultados forem muito próximos das fontes originais.

5. Abalos à confiança

A inteligência artificial generativa é uma tecnologia poderosa, mas longe de ser perfeita. Vieses, “alucinações” e a inclinação para conteúdos nocivos ainda precisam ser resolvidos para que os profissionais possam confiar plenamente nas ferramentas do gênero.

Outro perigo vem de fora: pessoas podem usar a IA para criar imagens de produtos, anúncios, vídeos e outros conteúdos realistas envolvendo a marca com o objetivo de espalhar desinformação. E, quando se trata de preservar a reputação, muitas organizações não estão preparadas sequer para lidar com as questões internas, quem dirá externas. Daí a necessidade de um plano de gerenciamento de risco para mensagens falsas criadas com IA.

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